constelacao familiar - Constelação Familiar
Passado o primeiro momento da descoberta, que por vezes dura anos, de repente nos deparamos com a possibilidade que este novo mundo – agora não tão novo assim – possa oferecer algo um pouco além do que estamos acostumados.
Há uma possibilidade de um vínculo profundo, e ao qual todos desejamos. E que também nos amedronta. Um lugar que promete tesouros, ao mesmo tempo que exige nosso comprometimento quase incondicional. Um lugar de sérias brincadeiras.
“Quando somos crianças, experimentamos uma grande felicidade ao sentir que pertencemos a nossa família, não importa se a atmosfera é alegre ou tensa. Vivemos essa sensação de pertencimento como benção em nosso coração. Depois crescemos, e como adultos, continuamos pertencendo a nossa família de origem, mas já não experimentamos a doce sensação de pertencer a nossos pais. Passamos a ter a necessidade de pertencer com outras pessoas, especialmente um(a) parceiro(a).”
Joan Garriga, no livro “O Amor que nos faz bem.”
Os integrantes de um casal, foram, antes de tudo, filhos de um pai e de uma mãe. Como bons filhos que são, há carências não atendidas que numa fase adulta, podem ressurgir dentro da dinâmica de casal.  Esta é uma dinâmica básica que dificulta o relacionamento do casal, quando um ou os dois lados do relacionamento buscam no parceiro a compensação de algo que faltou em relação aos seus próprios pais. É muito comum quando se fala do amor idealizado, falar que o amor dará certo porque “o outro me trará algo do qual eu sinto falta”.
O olhar da Constelação fala que isto é um gatilho para as crises e as dificuldades de um casal. Isso porque esse sentimento de falta está ligado com um afeto esperado do pai ou da mãe, que nenhuma outra pessoa é capaz de suprir, independente do nível de afeto que seu parceiro ou parceira esteja disposta a dar.
“A ordem do amor entre o homem e a mulher envolve também uma renúncia, que já começa na infância. Pois o filho, para se tornar um homem, deve renunciar à primeira mulher em sua vida, que é sua mãe. E a filha, para tornar-se mulher, precisa renunciar ao primeiro homem de sua vida, o seu pai.” Bert Hellinger, no livro “No centro sentimos leveza.”